10 maneiras para promover a frequência aos cultos da igreja.
10 maneiras pelas quais os pastores podem promover o amor pela frequência à igreja dentro da congregação
É PRECISO PACIÊNCIA PARA LEVAR UMA CONGREGAÇÃO A VER-SE COMO CORPO, FAMÍLIA, TEMPLO E NOIVA – E NÃO COMO UMA ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA OPCIONAL PARA OS FAZER SENTIR-SE MELHOR CONSIGO PRÓPRIOS.
Desde que cheguei à fé em Cristo, aos 15 anos, tive um forte desejo de me reunir com o corpo de Cristo. Mesmo ouvindo pregações não tão estelares e estando com pessoas rabugentas, sempre adorei me reunir com o povo de Deus.
Quando o isolamento devido à quimioterapia me impediu de ir à igreja por quatro meses em 2019, meu desejo mais profundo era estar com o povo de Deus. Até pedi ao nosso diretor técnico que deixasse a transmissão ao vivo após o culto para que eu pudesse ver as pessoas se misturando. Reunir-se com o corpo parece natural.
No entanto, os membros da igreja estão programados de forma diferente, enfrentam questões variadas, lutam contra o individualismo e lutam com inúmeras questões espirituais. Portanto, embora a participação na igreja deva ser automática para os cristãos, isso nem sempre acontece. Contudo, pastores atentos podem ajudar a estimular a participação fiel.
Aqui estão 10 maneiras que considero úteis em mais de 40 anos de ministério pastoral.
1. ENSINE SOBRE A NATUREZA DA IGREJA.
Se um crente entende a natureza da igreja como corpo, família, templo e noiva, parece que desejará participar fielmente da vida da igreja. Estas metáforas (e outras) dão-nos uma imagem clara de que a igreja não é sobre mim, mas sobre o meu relacionamento com o corpo reunido.
O uso extensivo de pronomes plurais nos Evangelhos e nas epístolas instrui mais o corpo do que o indivíduo. Ajude a igreja a ler as Escrituras com atenção aos detalhes plurais sobre a igreja (por exemplo, Romanos 12; 1 Coríntios 12; Ef. 2 e 5).
2. ENFATIZE AS PASSAGENS “UNS AOS OUTROS”.
As passagens “uns aos outros” alinham-se no Novo Testamento: amem uns aos outros, sirvam uns aos outros, sejam gentis uns com os outros, aceitem uns aos outros e assim por diante. Existem pelo menos 45 comandos “uns aos outros”.
Chame a atenção para essas passagens na pregação, no aconselhamento, na oração e na exortação. Estaremos vivendo em desobediência se negligenciarmos o relacionamento uns com os outros (João 13:34-35; 1 Tessalonicenses 5:11; Efésios 4:32).
3. PROMOVA A ADORAÇÃO CORPORATIVA.
Nossa tendência comum ao individualismo desculpa a ausência do culto coletivo, assumindo a capacidade de adorar em qualquer lugar por nós mesmos. Sem dúvida, queremos que os crentes adorem em privado. Mas o peso das Escrituras recai sobre a adoração coletiva.
Novamente, as Escrituras usam principalmente substantivos e pronomes plurais com referência aos adoradores, e prefigurar a adoração celestial no corpo reunido não deixa espaço para negligenciar a adoração corporativa (ver Êxodo; Esdras; Neemias; Atos 2:46–47; Hebreus 10:24– 25).
4. PRATIQUE UMA LITURGIA TEOLOGICAMENTE ROBUSTA.
Os pastores nunca devem usar entretenimento ou manipulação para ocupar lugares. Em vez disso, certifique-se de que sua liturgia de adoração seja fortemente teológica. Nada aquece mais os corações cristãos do que ver Cristo em todas as Escrituras – refletido em leituras coletivas, orações, confissões, hinos e pregações.
Os adoradores devem esperar experimentar Cristo revelado em todos os aspectos da adoração (João 4:23–24; Lucas 24:32).
5. APLIQUE A EXPOSIÇÃO BÍBLICA.
Por que alguém iria querer assistir a um culto onde a pregação é monótona, seca, sem paixão e irrelevante? Muitas coisas podem ser desculpadas numa igreja, mas não uma pregação pobre.
Esforce-se arduamente para ser fiel à Palavra de Deus, expondo e aplicando o texto da semana à congregação (2 Timóteo 4:1–5).
6. DESENVOLVA PONTOS DE CONTATO.
Os pastores devem saber se as pessoas estão presentes nas reuniões de adoração. Na medida do possível, tento falar com os presentes. Ao pregar, presto atenção em quem está presente. Se eu notar padrões de ausência, enviarei uma nota manuscrita, uma mensagem de texto ou um e-mail ou farei uma ligação para verificá-los.
É incrível como dedicar alguns minutos para escrever uma nota encoraja aqueles que se tornaram um pouco negligentes (Romanos 12:10; 1 Tessalonicenses 5:11).
7. CONTINUE PASTOREANDO.
Os membros podem enfrentar uma série de questões que afetam a participação fiel: padrões de pecado, desânimo, depressão, crise familiar, maus exemplos, fadiga, doença física, saúde mental, conflitos relacionais, problemas de trabalho, falta de segurança e muito mais.
Em vez de reagir ou levar sua ausência para o lado pessoal, persiga-os. Sua gentileza em acompanhar, orar, oferecer conselhos e demonstrar compaixão pode ser exatamente o que eles precisam para retornar às reuniões corporativas. Recrutar outros membros para encorajá-los pode ajudar a trazer um membro ausente de volta a um ritmo saudável de participação (Atos 20:28; 1 Pedro 5:1–4). Como escreve Bobby Jamieson: “Os membros da Igreja devem unir suas vidas tão fortemente que, se você tentar tirar um do corpo, outra dúzia virá com ele, puxando-o de volta”.
8. VIVA A VIDA CRISTÃ COM ALEGRIA.
Pastores e presbíteros são a face da reunião de adoração. Se não refletirem uma relação alegre com Cristo, o contágio pode espalhar-se. Concentre-se, então, em viver com alegria. Lute por isso.
E deixe seus cultos de adoração serem marcados pela alegria. Essa é uma das razões pelas quais senti tanta falta do culto coletivo durante quatro meses. É um encontro de alegria no Senhor que eu ansiava e também precisava (Filipenses 1:12–26; 2:14–18; 4:4–14).
9. ESTABELEÇA EXPECTATIVAS DE PARTICIPAÇÃO.
Provavelmente é melhor estabelecer expectativas de participação durante as aulas de adesão. Não estou sugerindo que isso seja feito de maneira legalista. Mas parece crucial explicar a natureza da igreja como família, a necessidade da participação corporativa como meio de graça e a ordenação de prioridades a serem envolvidas na igreja.
Devemos reforçar estas verdades em tudo, desde a exposição regular das Escrituras até à comunicação semanal com a igreja e às boas-vindas e anúncios nos cultos. Comunique a participação regular como prática normal de cristãos saudáveis (Hb 10:24–25; Atos 2–4).
10. CULTIVE UMA ATMOSFERA DE AMOR E ENCORAJAMENTO.
Não estou sugerindo nada artificial. Em vez disso, através da Palavra, da oração, da adoração, do serviço, da missão e da vivência da fé em conjunto, o amor mútuo de uma família da igreja irá aprofundar-se lentamente. Os membros amarão uns aos outros incentivando-os e servindo — é simplesmente natural.
Isto também significa lutar contra a complacência, o mau humor, a desunião, a fofoca e outros pecados que ameaçam uma atmosfera de amor. Usamos os meios de graça que Deus deu à igreja para cultivar uma atmosfera de amor e encorajamento (Romanos 12:9–13; 1 João 4:7–21).
Paciência Pastoral
Estas recomendações levarão tempo para serem aplicadas na vida da igreja. É preciso paciência para levar uma congregação a ver-se como corpo, família, templo e noiva – e não como uma organização religiosa opcional para os fazer sentir-se melhor consigo próprios.
Mas vale a pena o trabalho e a espera.
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