Características de uma igreja Batista.

                                                Características de uma igreja batista.

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Fazendo um retrospecto das sete igrejas da Ásia, observamos certas características comuns a todas elas.

1 - Cada igreja deve ter o seu pastor. sem dúvida esta é a significação da palavra "anjo". Estes pastores são os portadores das cartas ás diversas congregações. Querer fazer com que eles sejam mais do que pastores é acrescentar ao que foi escrito. Nós procuramos, em vão, achar a autoridade para governar por meio de "anciãos" ou uma hierarquia em qualquer forma.

2 - Cada igreja é local. sete localidades distintas eram as sedes das igrejas. Quando o Espírito fala a uma igreja, refere-se a tal lugar, Quando ele fala a todas elas é "as igrejas" - sempre no plural. a palavra não está empregada num sentido estadual, nem nacional, nem denominacional. Não há autoridade bíblica para o termo "igreja da Inglaterra", "igreja presbiteriana", "igreja batista"...etc. devemos dizer as "igrejas" quando falamos de mais de uma congregação local. isto é, se quisermos usar a linguagem do Novo testamento e pensar com clareza.

3 - Cada igreja é independente. Não achamos, nos dois capítulos, a mínima sugestão de uma igreja ter autoridade sobre outra. as igrejas mais antigas e mais fortes, não tinham o mínimo domínio sobre as mais novas e as mais fracas, Não há referência alguma a qualquer autoridade eclesiástica fora da igreja local.

4 - Cada igreja tem características próprias. a igreja de Éfeso era ortodoxa. A de Esmirna era pobre nas coisas do mundo, mas, rica para com deus. Pérgamo era fiel á fé mas fraca na disciplina. Tiatira crescia em serviço, mas era tolerante no erro. Sardes, na maioria estava morta. mas, tinha alguns vivos para Deus. Filadélfia, era ativa, mas estava para entrar em tribulações. Laodiceia, era morna e repulsiva. estas eram as sete igrejas contemporâneas com uma diversidade tão distinta, como qualquer sete igrejas em qualquer Estado nos dias de hoje.

5 - Cada igreja tem alguma coisa em comum com todas as outras. tiveram um trabalho comum. Foram constituídas e comissionadas para derramar luz. receberam a sua luz de cristo, brilhando como sol, e eram as portadoras da sua luz no meio das trevas.

Elas haviam de iluminar o mundo, por meio do Evangelho. A falha, no funcionar, sujeitou a igreja á reprovação, castigo e pena. a igreja poderia perder até a sua existência. Fidelidade á missão foi recompensada com galardão. Embora uma igreja morresse, os membros convertidos não seriam perdidos. Vede o caso de Sardes.

6 - Cada igreja tem um legislador e executivo. Cristo declara a sua natureza divina e autoridade suprema em linguagem apropriada a todas as igrejas. As figuras sublimes que ele emprega para descrever-se a si e sua relação para com as igrejas, declarando a sua autoridade e conhecimento, e confirmando as suas promessas, são além do alcance do entendimento humano. Ele governa as igrejas pelo Espirito santo, o vigário de cristo na Terra. sete vezes ouvimos o "Ouça o que o Espírito diz ás igrejas." É tão claro como o sol do meio dia, que cristo nunca mencionou um vigário seu. Pedro mesmo,  e Paulo nunca o foram. A autoridade não se achava em Roma, mas, sim em Cristo, pelo espírito santo, dirigindo-se as diversas igrejas.

7 - As igrejas operando por Cristo, são as agentes pelas quais o "reino do mundo há de se tornar no reino de nosso senhor e de seu cristo." A imperfeição era visível em quase todos os pastores e igrejas. deixaram de alcançar o ideal Mas, apesar de terem as suas faltas, e de serem falíveis, Cristo dependia delas para estabelecer o seu reino na terra. Ele não tem outro meio. Elas não podem, nem devem falhar. Pelos méritos do sangue do Cordeiro, e pela palavra do seu testemunho, as igrejas militantes tornar-se-ão "a igreja triunfante". A igreja como uma instituição, simbolizada por uma mulher, (Apocalipse 12.1) tornar-se-á a igreja em glória, simbolizada por uma noiva.(Apocalipse 21.9)

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Extraído na íntegra do jornal O Batista Baiano em sua primeira edição em dezembro de 1923.

Comissão de Publicações da Convenção Batista Baiana em 1923:

 Manoel Augusto da Silva, José E.S. Meneses, Morgan G. White.